quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Maria Antonieta e o Rococó


“Maria Antonieta revolucionou a moda de seu tempo. Mais do que isso, revolucionou seu tempo através da moda. Do traje de montaria masculino aos excêntricos penteados, dos vestidos cravejados de brilhantes ao modesto estilo pastoril, suas roupas revolucionaram o rigoroso cerimonial da corte e ajudaram a desfazer a aura de sacralidade que envolvia a monarquia, acirrando os ânimos da Revolução.”
                             Extraído do livro: Maria Antonieta da autora Catalina Habsburgo.


Maria Antonieta foi um grande ícone de moda na época dela, nem todos viam isso como uma coisa boa, tanto que cortaram a cabeça da pobre rainha durante a Revolução Francesa.
Polêmicas e ódio a parte, ela com certeza é muito importante pra moda, pois é uma das principais representantes do Rococó.
O rococó já foi usado como termo depreciativo, sinônimo de excessos e frivolidades, hoje é sinônimo de arte e luxo. Mais do que um estilo de roupa, ele era um estilo de vida, vivia-se em busca do prazer pessoal.
A forma de traduzir esse espírito de viver era a vida, era usar roupas que parecem obras de arte. 
Podemos considerar esse período como o exagero do exagero, mas diferente do se possa imaginar, o conjunto ficava muito bonito. Os vestidos não era simples peças de roupas e sim obras arquitetônicas, difíceis de vestir, eram cheios de detalhes ornamentais, que remetiam a natureza, a sonho. As cores eram claras, as estampas delicadas, um paradoxo da situação da França no momento, que estava prestes a entrar na escuridão. 
As roupas também eram usadas para ostentar o poder que a corte tinha, mostrar que eram melhores, que era superiores. Maria Antonieta tinha gastos absurdos em roupas, nunca repetia a mesma roupa, e isso a tornava alvo de críticas do povo. Pois enquanto eles estavam lá passando por situações incrivelmente adversas, a rainha deles estava lá passando horas de ócio e sendo sustentada por eles. 
Mas voltando a moda, para as mulheres o espírito essencial residia na elegância, no refinamento e nos enfeites.  Os vestidos de palácio adquiriam uma elegância esplendida. Um dos trajes típicos do rococó era o chamado vestido à francesa (robe à la française). Este estilo persistiu como traje de etiqueta para a corte até a época da Revolução. 
O vestido era composto por uma saia, uma sobresaia e um pedaço de tecido triangular que cobria o peito e o estômago e era encaixado numa abertura frontal do vestido. Essas peças iam por cima de um corselet ou corpete e uma armação lateral, as ancas, que davam forma à silhueta. Os extravagantes tecidos de seda produzidos em Lyon eram essenciais para a moda rococó. O busto podia ser adornado com fitas, o que acentuava suas formas. Ele era ainda levantado e moldado pelo corselet de uma forma muito sedutora. Os vestidos em sua totalidade eram enriquecidos com babados, amarrações, fitas e flores artificiais.


As roupas refletem o momento que a corte estava vivendo, uma vida de satisfação dos prazeres, grandes festas, banquetes,  sexualidade  aflorada. Dizem que ninguém sabe o que é viver bem a não ser que tenha vivido a época do rococó. Mas isso só vale se você fizesse parte da corte. 



Luana Moscardini



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